Preto, Branco, Espelho
Bão...
Tava aqui pensando em uma HQ ilustrada, preferencialmente em preto e branco ou efeitos de tinta. Aí fiz um roteirinho (só as palavras) para uma possível ilustração. Achei bom. Logo, publico aqui. Talvez mais tarde no F.A.R.R.A...
Enfim, lá vai:
O homem de preto veio até mim e disse:
- Ei, filho, você é pequeno e tem idéias pequenas. Eu trouxe uma coisa fantástica pra você: vinte séculos de culpa.
Ele me disse que um deus acordara no escuro. Que parira o bem e o mal, e dessa distinção nascera a culpa, que ele louvava.
“Sinta-se culpado”, ele me disse, “pois sua culpa é maravilhosa e lhe salvará quando nada mais importar”. Eu lhe disse que não gostei da culpa, e ele me olhou com desprezo.
O homem de branco veio até mim e disse:
- Ei, filho, você é enorme e tem idéias grandes. Eu trouxe nada para você.
Ele me disse que uma explosão de nada parira um universo de energia em movimento, e em uma pequena partícula deste universo o acaso, que ele louvava, evoluíra até a vida sensciente. E um dos efeitos deste acaso monstruoso havia sido meu nascimento.
“Baseie-se nos fatos”, ele me disse, “não aceite nada que sua razão não puder admitir”. Eu lhe disse que não gostei do Acaso, e ele me olhou com desprezo.
Fui até um espelho, e o homem do espelho veio até mim e disse:
- Meu chapa, se você tem que escolher entre o acaso e a culpa, você está em maus lençóis.
Ele me disse de minhas dúvidas, e de minha ânsia em encontrar respostas. Depois concluiu que talvez algumas de minhas perguntas fossem sem respostas. Me disse que encontrar significados era parte de ser humano, e que viver na dúvida era apenas uma das adversidades desta condição.
Eu lhe disse que não gostava da dúvida, e ele me olhou com desprezo.
Tava aqui pensando em uma HQ ilustrada, preferencialmente em preto e branco ou efeitos de tinta. Aí fiz um roteirinho (só as palavras) para uma possível ilustração. Achei bom. Logo, publico aqui. Talvez mais tarde no F.A.R.R.A...
Enfim, lá vai:
O homem de preto veio até mim e disse:
- Ei, filho, você é pequeno e tem idéias pequenas. Eu trouxe uma coisa fantástica pra você: vinte séculos de culpa.
Ele me disse que um deus acordara no escuro. Que parira o bem e o mal, e dessa distinção nascera a culpa, que ele louvava.
“Sinta-se culpado”, ele me disse, “pois sua culpa é maravilhosa e lhe salvará quando nada mais importar”. Eu lhe disse que não gostei da culpa, e ele me olhou com desprezo.
O homem de branco veio até mim e disse:
- Ei, filho, você é enorme e tem idéias grandes. Eu trouxe nada para você.
Ele me disse que uma explosão de nada parira um universo de energia em movimento, e em uma pequena partícula deste universo o acaso, que ele louvava, evoluíra até a vida sensciente. E um dos efeitos deste acaso monstruoso havia sido meu nascimento.
“Baseie-se nos fatos”, ele me disse, “não aceite nada que sua razão não puder admitir”. Eu lhe disse que não gostei do Acaso, e ele me olhou com desprezo.
Fui até um espelho, e o homem do espelho veio até mim e disse:
- Meu chapa, se você tem que escolher entre o acaso e a culpa, você está em maus lençóis.
Ele me disse de minhas dúvidas, e de minha ânsia em encontrar respostas. Depois concluiu que talvez algumas de minhas perguntas fossem sem respostas. Me disse que encontrar significados era parte de ser humano, e que viver na dúvida era apenas uma das adversidades desta condição.
Eu lhe disse que não gostava da dúvida, e ele me olhou com desprezo.
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