sexta-feira, julho 27, 2007

Harry Potter e as Relíquias da Morte (Resenha)

EDIT: a melhor tradução do bruxinho voltou à ativa. Estão quase terminando o livro com qualidade. Pode conferir no endereço:
http://www.at2.blogger.com.br/
Se você ainda não leu Harry Potter e as Relíquias da Morte, talvez não queira ler isto, porque eu estou usando uma alegoria baseada no texto para fazer a crítica. Se você já leu... bão, boa leitura. Espero que reconheça a parte do livro à qual me refiro. (Ah, se você não leu ainda, tem um post mais abaixo sobre o assunto, com um link para um site que traduziu o livro, para um original em inglês e para uma fanfic legal. Eis que divago. Vamos adiante...)



Harry Potter abriu os olhos e havia só a escuridão. A última coisa que ele lembrava era de ter sido atacado por Lord Voldemort, visto um lampejo de luz verde e acordado ali. Estaria morto? Aí ele reconheceu Dumbledore, que se juntou a ele. Os dois sentaram em cadeiras e começaram a conversar.

- Por que você está aqui? Você está morto.

- E daí? Harry, há muita coisa que você não sabe. Coisas que eu não sei. Coisas que J.K. Rowling não sabe.

- O que você quer dizer? Será que não pode me dar uma resposta direta ao menos uma vez?

- Mas, Harry, é isso que estou fazendo. Voltei dos mortos para isso.

- Para que finalmente eu entenda o enredo todo do livro?

Dumbledore suspirou. Um peso parecia ter sido depositado sobre seus ombros.

- Harry, todas as outras vezes que conversamos, no final de suas aventuras, eu expliquei pra você o que tinha acontecido, coisas que não estiveram claras nos outros livros, mas chegavam a explicações razoáveis no fim.

- Sim, e daí? Perguntou Harry.

- E daí que é por isso que estou aqui novamente. Voltei da morte para tentar fechar todas as pontas soltas de suas aventuras, sendo finalmente claro e objetivo. É triste, mas a escritora não pôde desenvolver um esquema diferente para este último tomo da série, como um diário, uma nota escondida pra você, ou mesmo memórias minhas recuperadas em uma penseira.

- Quer dizer que eu morri? Quer dizer, você está morto, então eu teria que estar morto também pra falar com você, não é?

- Não, quer dizer que você tem que aparentar segurança em seu confronto final com Voldemort. Parecer saber da história toda, e satisfeito com as explicações que recebeu, senão pode haver críticas negativas a respeito da trama, e isso não seria bom para os livros futuros que ela está pensando em escrever sobre você.

- Mas eu achei que este fosse o último! Estava até pensando que ia morrer...

- Ora, Harry, não seja ingênuo. Você vende muito bem para morrer. Além do mais, J.K. Rowling já tinha deixado claro que tinha planos para você até a vida adulta.

- Bem, então você pode me dizer a razão de uma trama paralela como a das Relíquias da Morte, sendo que eu já tinha que encontrar todos os Horcruxes?

- Não. Só o que eu posso fazer é ponderar sobre isso. E acho que foi porque a tarefa que você tinha pela frente era tão magnífica e difícil que a autora só pôde pensar em colocar uma trama paralela para encobrir a facilidade com que tudo foi feito.

- E você quer dizer que tudo será explicado aqui?

- Não, Harry. A autora se encarregou de deixar mais pontas soltas, como as Relíquias da Morte e meu aparecimento aqui, para fazer com que os leitores fiquem curiosos e queiram acompanhar você mais um tempo. Além do quê, fez várias promessas a respeito da saga que não se concretizaram neste livro. E que ela vai cumprir em um depois hipotético.

- Mas Dumbledore, - disse Harry, sem fôlego – me diga: pelo menos o livro é bom?

Dumbledore ficou em silêncio por um tempo. Depois tornou, com um olhar dolorido:

- É. É bom sim, Harry. Há falhas na construção, muitos elementos que não são explicados. Minha volta à trama para fazer este trabalho sujo de “amarrar as pontas” é um recurso pobre, a esperada “batalha final” com Voldemort, que só você vai entender – porque os leitores vão achar uma cretinice - , mas o livro é bom. É divertido. Harry, você tem que entender. O livro...

- Sim?

- É para leitores infanto-juvenis!

- Como se leitores infanto juvenis não devessem ser tratados com respeito! E pelo menos você vai me explicar o que é esse lugar em que estamos?

Mas Harry abriu os olhos, e estava caído diante de um Voldemort triunfante.

3 comentários:

Paps disse...

Boa! É verdade. Acaba-se esquecendo que a série Harry Potter tem público-alvo definido. Por outro lado, eu também adoro. E concordo com você quando diz em outro post que o grande mérito da Rowlings foi ter atraído esse público para os livros. E só por esse motivo, já é uma obra bacana demais.
Ah, vim parar aqui através da Mineira, que linkou o Negrito, que...rsrsrs
Beijocas!

Blognâmbulo disse...

Cara, lembrei de uma sátira da MAD sobre HP onde alguém que não lembro quem é disse algo parecido a: "Meus poderes são mágicos e não lógicos".

Abs

Anônimo disse...

Gostei da sua adaptação... e é claro que eu me lembro da parte que você usou... faz sentido... mais tenho algumas questões a levantar,como boa pottermaniaca que sou:
01 - Eu não imaginaria um fim melhor que o aparecimento de um Dumbledore morto para conversar com Harry e explicar tudo... se este recurso foi 'pobre', eu não sei dizer... o que sei é que senti infinita alegria ao ver Dumbledore acertando mais uma vez, quando disse à Snape que Harry devia se deixar morrer... E que foi emocionante vê-lo ali, na Branca Kings Cross. Adoraria saber o que era aquela criatura chorando, apesar de já ter uma leve suspeita...
02 - 19 anos depois... J.K Rowling narrará a história de como se passaram estes 19 anos nos próximos livros que vai lançar ou contará a história de Alvo Severo e seus irmãos e amigos? tem algum palpite?
03 - Demorou demais pra Rony e Mione ficarem juntos... mais adorei Rosa e Hugo tanto quanto desejei que Fred não tivesse morrido, e que Teddy tivesse pais...

Enfim... sou POTTERMANIACA assumida...

Te achei no Google... hahah

Parabéns pela 'resenha'